PIBID Semestre:
2019-1
Coordenadora: Flavia Candusso
Bolsista: Joana Márcia Andrade Rebouças
Escola: Colégio Estadual Bento Gonçalves
Data: 10 de abril de 2019
Relato da aula 1
8 de abril de 2019
Na segunda terça-feira do mês de abril, dia 8 às
7hs da manhã, iniciaram-se minhas atividades do Programa Institucional de Bolsas (PIBID). Iniciei minha jornada no Colégio Estadual
Bento Gonçalves, o professor de música responsável, chama-se André Chaves Santos, que começou a
dar aula na escola nesse ano, formado pela UFBA, ex participante do PIBID.
Apesar de pertencer ao projeto PIBID n mesma escola da qual realizarei o
estágio, nunca havia visitado, sendo assim irei relatar minhas impressões da
primeira ida, as quais podem se alterar com forme eu for me adentrado no
cotidiano da escola.
O Colégio Estadual Bento Gonçalves se localiza
no bairro Fazenda Grande do Retiro, na Rua Melo Morais Filho, local de comércio
repleto de vendas, lojas de roupa, farmácia e igrejas. O caminho para lá foi
tranquilo, apesar de alguns pontos de engarrafamento devido as chuvas que
alagaram parte das pistas. O colégio visto de fora, em minha opinião, parece
uma penitenciária. Muro alto, cinzento, escuro, com um portão de ferro preto
com correntes, para mim foi um tanto amedrontador, custei acreditar que ali
dentro era um lugar repleto de crianças e jovens. Eu acho que foi possível
escutar minha respiração relaxar quando entrei portão a dentro e me vi cercada
de bancos coloridos, crianças correndo felizes, cartazes, quadra recém pintada
e outras coisas a mais do qual esperamos de uma escola. Lá estudam cerca de 750
alunos nos anos finais do Ensino Fundamental II (6º ano a 9º ano) e 250 alunos
no Ensino Médio. As auxiliares de disciplinavam estavam organizando todos em
filas para que fossem todos de organizados para a sala de aula, evitando
bagunças, gritarias e confusões, o qual me fez logo atentar para a valorização
da disciplina e ordem dessa escola.
Na sala de professores encontrei o professor de
música, André, também conhecido por Sapoti, e de lá formos para a primeira aula
da manhã. Nesse dia, André ministra aula para três turma do 8º ano e duas do 9º
ano do Ensino Fundamental II. São cerca 50 minutos em cada sala, contando
dentro desses, o deslocamento de uma sala para outra, aguardo da cooperação dos
alunos pelo silêncio e, finalmente, a aula em si, a troca e transmissão de
saberes e aprendizagens. Os alunos estão dentro das características
majoritárias pertencentes a estudantes de escola pública no Brasil, sobretudo
no Nordeste: crianças e jovens negros de periferia. Por eu ter um recente
passado em uma escola municipal de Ensino Fundamental I, achei os alunos do
Bento Gonçalves, talvez por terem idades mais avançadas, calmos, disponíveis a
escuta, a participação e ao cumprimento de deveres em sala. Percebi que, apesar
da maioria não ter realizado as atividades exigidas para serem realizadas em
casa, as que foram propostas em sala tiveram uma participação integral. O que
nos faz perguntar sobre os impedimentos que faz com que eles não estudem em
casa. Trabalho? Não há lugar de estudo? Descaso? Descrença?
André
conseguiu ministrar suas aulas com facilidade, seguindo os planos que elaborou
para cada turma. Ele utilizou do quadro para explicar como funcionariam o
sistema de provas, levou instrumentos musicais para um teste sobre timbre,
propriedade do som, e tocou para exemplificar parte do assunto abordado com as
turmas do 9º ano. Por ter sido meu primeiro contato com o trabalho do professor
e sua forma de ensino, não ficou claro ainda a(s) pedagogia(s) mediadora(s) que
ele utiliza para ensinar. Nesse dia, notei a figura do professor como centro,
característica de uma pedagogia tradicional, professor no quadro, leitura de
capítulo dos livros, passando pesquisas para casa e recolhendo as que foram
pedidas na aula anterior. Porém, o seu método de teste, foi inversa, revelando
uma avaliação por experimentação, construtivista, aonde o aluno vai construindo
o seu saber. Me mantive, após me apresentar aos alunos, que me receberam muito
bem, na função de observar e compreender as estratégias utilizadas por André
para trabalhar os conteúdos.
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