domingo, 28 de abril de 2019

Primeira Terça-feira


PIBID                   Semestre: 2019-1
Coordenadora: Flavia Candusso
Bolsista: Joana Márcia Andrade Rebouças
Escola: Colégio Estadual Bento Gonçalves
Data: 10 de abril de 2019


Relato da aula 1
8 de abril de 2019


Na segunda terça-feira do mês de abril, dia 8 às 7hs da manhã, iniciaram-se minhas atividades do Programa Institucional de Bolsas (PIBID). Iniciei minha jornada no Colégio Estadual Bento Gonçalves, o professor de música responsável, chama-se André Chaves Santos, que começou a dar aula na escola nesse ano, formado pela UFBA, ex participante do PIBID. Apesar de pertencer ao projeto PIBID n mesma escola da qual realizarei o estágio, nunca havia visitado, sendo assim irei relatar minhas impressões da primeira ida, as quais podem se alterar com forme eu for me adentrado no cotidiano da escola.
O Colégio Estadual Bento Gonçalves se localiza no bairro Fazenda Grande do Retiro, na Rua Melo Morais Filho, local de comércio repleto de vendas, lojas de roupa, farmácia e igrejas. O caminho para lá foi tranquilo, apesar de alguns pontos de engarrafamento devido as chuvas que alagaram parte das pistas. O colégio visto de fora, em minha opinião, parece uma penitenciária. Muro alto, cinzento, escuro, com um portão de ferro preto com correntes, para mim foi um tanto amedrontador, custei acreditar que ali dentro era um lugar repleto de crianças e jovens. Eu acho que foi possível escutar minha respiração relaxar quando entrei portão a dentro e me vi cercada de bancos coloridos, crianças correndo felizes, cartazes, quadra recém pintada e outras coisas a mais do qual esperamos de uma escola. Lá estudam cerca de 750 alunos nos anos finais do Ensino Fundamental II (6º ano a 9º ano) e 250 alunos no Ensino Médio. As auxiliares de disciplinavam estavam organizando todos em filas para que fossem todos de organizados para a sala de aula, evitando bagunças, gritarias e confusões, o qual me fez logo atentar para a valorização da disciplina e ordem dessa escola.
Na sala de professores encontrei o professor de música, André, também conhecido por Sapoti, e de lá formos para a primeira aula da manhã. Nesse dia, André ministra aula para três turma do 8º ano e duas do 9º ano do Ensino Fundamental II. São cerca 50 minutos em cada sala, contando dentro desses, o deslocamento de uma sala para outra, aguardo da cooperação dos alunos pelo silêncio e, finalmente, a aula em si, a troca e transmissão de saberes e aprendizagens. Os alunos estão dentro das características majoritárias pertencentes a estudantes de escola pública no Brasil, sobretudo no Nordeste: crianças e jovens negros de periferia. Por eu ter um recente passado em uma escola municipal de Ensino Fundamental I, achei os alunos do Bento Gonçalves, talvez por terem idades mais avançadas, calmos, disponíveis a escuta, a participação e ao cumprimento de deveres em sala. Percebi que, apesar da maioria não ter realizado as atividades exigidas para serem realizadas em casa, as que foram propostas em sala tiveram uma participação integral. O que nos faz perguntar sobre os impedimentos que faz com que eles não estudem em casa. Trabalho? Não há lugar de estudo? Descaso? Descrença?
André conseguiu ministrar suas aulas com facilidade, seguindo os planos que elaborou para cada turma. Ele utilizou do quadro para explicar como funcionariam o sistema de provas, levou instrumentos musicais para um teste sobre timbre, propriedade do som, e tocou para exemplificar parte do assunto abordado com as turmas do 9º ano. Por ter sido meu primeiro contato com o trabalho do professor e sua forma de ensino, não ficou claro ainda a(s) pedagogia(s) mediadora(s) que ele utiliza para ensinar. Nesse dia, notei a figura do professor como centro, característica de uma pedagogia tradicional, professor no quadro, leitura de capítulo dos livros, passando pesquisas para casa e recolhendo as que foram pedidas na aula anterior. Porém, o seu método de teste, foi inversa, revelando uma avaliação por experimentação, construtivista, aonde o aluno vai construindo o seu saber. Me mantive, após me apresentar aos alunos, que me receberam muito bem, na função de observar e compreender as estratégias utilizadas por André para trabalhar os conteúdos. 

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