sábado, 13 de abril de 2019

Tira, põe, deixa ficar

Escola Municipal Parque São Cristóvão Professor João Fernandes da Cunha
Data: 09/04/2019
Professor/Supervisor: Gilson Meireles
Bolsista: Adriane Campos de Almeida
Turma: 1ª ano (A) , 4°ano (A )

Tira, põe, deixa ficar

Nos atrasamos! Normalmente, temos a Emus como ponto de partida no nosso percurso até Parque São Cristóvão, onde percorremos um trajeto de 1 hora e meia até a escola. Como em aulas anteriores o professor liberava as 12h, chegamos a escola as 13:30h, e isso já nos traz um certo atraso, pois a aula começa às 13:10, porém, nada que prejudique o desenvolvimento da aula. Porém, nessa terça em particular, eu e Celi só fomos liberada da aula as 12:30ho que resultou em um atraso de 50 minutos, pois só conseguimos chegar na escola as 14h. 


Quando chegamos na escola subimos para a sala de música. As crianças estavam todas sentadas nas carteiras e Gil escrevendo no quadro, ele estava sério e logo nos informou sobre os acontecimentos da aula. As crianças não estavam se comportando durante a aula, algumas conversando entre si e outras procurando confusão com os demais colegas, diante disso, ele não conseguiu prosseguir com a atividade.  

Constantemente estamos tendo problemas com essa turma, assim, o professor suspendeu a aula de música para tentar criar uma reflexão sobre todos esses acontecimentos e formas de melhorar a postura em sala de aula.  

Então, fizemos uma fila e fomos para a sala do 4º ano A. No meio do trajeto, alguns alunos foram ao banheiro e ficaram na fila do bebedouro para beber água, esperei alguns, enquanto os outros seguiram para a sala com Gil. Uma das alunas veio para a sala e depois saiu para bagunçar no pátio, foi o momento eu que eu estava levando para sala as crianças que estavam comigo, ao sair da sala o professor a viu e a levou para a direção, Lorena tem recebido várias reclamações durante a aula, e mesmo na direção sendo chamada atenção ela ficou respondendo ao professor. Isso não demorou e Gil logo voltou para sala.  

Chegando lá o professor passou uma atividade, algumas questões para serem respondidas na sala, todas elas referente as situações que vem ocorrendo ao longo desse mês. E as questões eram: “1ª Porque eu estou nesta aula? 2ª Como resolvo problemas com meus colegas? 3ª O que mais me irrita? 4ª O que posso fazer para melhorar?” 

As crianças foram fazendo a atividade, algumas pediam ajuda para responder ou nos mostrava as respostas para uma possível correção, outras ainda dispersas, conversavam enquanto copiavam a tarefa.  

O professor Gil caminhou pela sala para olhar como a tarefa das crianças, e nesse meio tempo pediu desculpas para os alunos que não estavam bagunçando, pois eles estavam pagando por algo que não fizeram. Isso foi algo que me fez refletir, afinal durante toda a vida escolar somos ensinados que: “Por causa de um, todos pagam.” Acredito que esse não seja o caminho, e ainda estou pensando em formas que nos ajude a pensar em caminhos melhores. Pretendo conversar com o professor sobre isso.  

Durante o pedido de desculpas, o professor disse algo em que percebi nas carinhas das crianças, como elas estavam pensativas, pois ele informou que a aula daquele dia seria para tocar, e isso é algo que essa turma anseia muito, pegar nos instrumentos, tocar. E infelizmente, precisou ser adiado, e elas sentiram a responsabilidade por perderem esse momento.   
Continuamos olhando as atividades, e o professor foi sentindo a necessidade de adicionar algumas questões. Sendo elas: “5ª Depois de tudo que você respondeu, responda: Suas atitudes são iguais ao que você escreveu?”. Nesse meio tempo, virei para o lado e Sara estava batendo em Bruna, e mesmo depois de eu intervir, ela ainda continuou tentando bater na colega. Como as brigas na sala tem sido cada vez mais constante, nós começamos a parar a aula e os envolvidos precisam explicar o que está acontecendo, o motivo e pedir desculpas em voz alta. E foi o que fizemos. Depois as duas voltaram para o lugar.  

Durante a última reunião do PIBID, o professor Gil sugeriu que inseríssemos as crianças no processo de arrumação da sala, assim perguntei as crianças o que elas queriam na sala, só que todos começaram a falar ao mesmo tempo e achamos melhor colocar como mais uma questão: “6ª O que você acha que poderia enfeitar ou que é necessário ter na sala de música?” 
Percebi que alguns alunos se sentem inseguros para escrever e se expressar, estão constantemente perguntando como e o que escrever, mas quando perguntamos eles respondem e respondem bem, acho que ainda não estão conectando a escrita da fala 

No final da aula, a professora do horário seguinte que é a professora de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), veio pegar as crianças e o professor Gil informou a situação. Então, um aluno informou que a sala estava de castigo e sem recreio durante uma semana e que na segunda-feira um aluno dessa mesma turma tinha sido suspenso. Esse tipo de situação me deixa bem chateada, pois percebo que mesmo sendo crianças agitadas e com mal comportamento, tem um potencial enorme. Esse mesmo aluno que falou sobre o castigo, disse que não gosta da turma, ele é um dos mais comportados da sala, e entendo a chateação dele pois, assim como outro alunos que tem um bom comportamento ele vive pagando por algo que não fez. Acho que precisamos falar sobre isso e sermos justos quando o assunto é castigo na escola.  

A aula terminou e fomos para o 1º ano A. Gil esqueceu a flauta na sala de música, então ele foi falando o nome das crianças e elas foram formando uma fila atrás de mim, durante esse processo percebemos que nem o Ian e nem a Adria estavam na sala, uma das crianças informou que o Ian não tinha ido a aula naquele dia e a Adria estava em uma outra atividade com a ADI responsável pela turma naquele dia, a Denise. Com a fila pronta fomos todos para a sala de música, o pátio em frente a sala estava cheio e o usamos nessa aula. 

Com todos dispostos em roda passamos as canções de rotina, a primeira foi a Amanhecer, a cada aula as crianças afinam um pouco mais, no entanto, é algo que ainda precisa sempre estar sendo reforçado. Passamos boa tarde, como vai você? Quando terminamos essa canção, um aluno pediu para cantar algo que ele compôs pensando na canção da joaninha vista na aula anterior. Assim, Gil resolveu repassar essa também.  

Logo depois, eu e Celi assumimos a turma, para fazer uma atividade que seria para a semana anterior, mas não deu tempo.  

Começamos perguntando quem conhecia a canção Escravos de Jó, e a maioria na sala já cantava, alguns com a letra diferente, então, passamos a música, para afinar depois revisamos a letra para ter certeza de que todos cantassem a mesma coisa. Enquanto estávamos passando a música, Celi teve a ideia de fazer uma brincadeira com o pulso, usando as mãos, que funciona da seguinte maneira, todos sentados no chão em círculo, uma criança coloca a mão direita sobre a mão do colega, e a mão esquerda em baixo da do colega ao seu lado, assim um vai batendo na mão do outro passando o pulso. Fizemos isso algumas vezes, até que o pulso fosse entendido por todos.  

Depois que todos entenderam, entregamos os copos e fizemos o pulso usando-o. Quando estavam cantando e tocando o copo juntos, incorporamos os movimentos presentes na letra da música. Tira, põe, deixa ficar, primeiro eu e Celi fizemos o movimento, tirar o copo, colocá-lo no lugar, e deixá-lo no lugar, e o zigue, zigue , onde colocamos o copo para o lado direito e depois do lado esquerdo. Então, fizemos todos juntos, demorou um pouco para alinhar, e percebi que algumas crianças ainda tem dificuldade em cantar e fazer alguma outra coisa, nesse caso foi o tocar, o que é algo compreensível, pois é de fato complicado e eles estão tendo o primeiro contato com educação musical. Estão sendo musicalizados.  

As crianças estavam bem agitadas nesse dia e se dispersavam fácil, chegou o horário do lanche, e formamos uma fila para leva-los para sala, porém, alguns foram comigo, outros ficaram com Gil e Celi, pois estavam bagunçando na hora de fazer a fila.  

Na sala, as crianças se sentaram e uma delas me ajudou a colocar o lanche nas mesas, descobri que todo dia a sala tem um ajudante para certas tarefas como essa, a desse dia foi a Laura. Não demorou muito e o Gil e Celi chegaram com o resto da turma. Eles lancharam e enquanto Gil estava na porta, aguardando a chegado dos pais e responsáveis para liberar alguns, eu e Celi revisávamos as músicas do dia com as brincadeiras de Palmas com outros, entre eles, até que a aula acabou, nos despedimos e fomos embora. 

Observação: Ainda estamos sem a lista de presença. 


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