Uma conversa muda, não é?

Nome: Gleise Aloisio
Data : 23 de Maio de 2017
Escola: Centro Juvenil de Ciência e Cultura
Turma: Oficina - Som na Caixa
Professor/Supervisor: Alexandre Santana

Quando comecei a entender o meu espaço no mundo, que gostava de história e queria estudá-la, sentava em todas as rodas possíveis para poder aprender um pouco mais. Meus olhos brilhavam, ao sentar perto dos mais velhos, ou, não tão velhos, que com sua sapiência, me conduzia a mundos diferentes. Era como uma criança, comendo chocolate na hora do lanche. Quando cheguei no Centro Juvenil, havia como trilha sonora, a música da rua. O caminhar das pessoas; o ônibus buzinando;as árvores balançando; os sorrisos e gargalhadas; o olhar triste como pausas, formavam a composição do dia-a-dia.

Ao entrar na sala, só havia uma aluna, Isabel. A quem tenho observado muito, com seu talento explícito para a música. Na sala estavam os professores: Alexandre-(Música); Elton(Física)  e André(Robótica). Ambos começaram a tocar músicas no violão. A conversa começou,com o seguinte assunto: os preconceitos que temos na vida. Dos casos mais “insignificantes” ao mais assustadores. Das coisas que fazemos, e nem percebemos que é preconceito, das atitudes que temos para não mudar, tal situação. Pode-se  vencer isso, sabia? O preconceito está em nossas experiências de vida. A conversa fluía bem. E lembrei de quando era criança, eu pertencia aquele lugar.

Existe preconceito na área de Música. Quanto ao que se toca, quanto ao que se ouve,tanto ao que se estuda. Mas, a música é livre,de todos. O quanto aprendi nessa conversa, por meios de assuntos interdisciplinares, não tem preço. Os professores André e Elton, foram para as suas respectivas salas. Mas, suas contribuições em fala, vou guardar para a vida. A aluna Isabel, mostrou-se pensativa, em seguida, chegou a aluna Conceição. A aluna Isabel fez um comentário: essas conversas são importante. Aos poucos, os alunos iam chegando para o segundo momento da aula. Continuamos com a conversa, um aprendizado só. Depois fomos ao intervalo.

Ao voltarmos do intervalo, passamos o repertório com a música “Sereia” . Os alunos estão empolgados com as aulas, as apresentações, que vão ocorrer no final do mês, tudo isso tem me deixado bastante animada para poder prosseguir. Sem essa vivência na escola, das aula do professor Alexandre, de cada mundo que tem dentro daquela sala, talvez não conseguisse enxergar a dimensão tão vasta do ensino.

Tenho aprendido a ouvir, através da música, entender a história de cada um deles. Tenho aprendido à sentar e ouvir, porque conversar, trazem ideias fantásticas.E a história,nunca é a mesma.