Bolsista: Jonatan de Oliveira
Data: 27/04/2015
No dia 27 de Abril de 2015 acordei bem cedo para o meu 2º dia na Escola Almerinda Costa. Senti um friozinho e ouvi um som bom de chuva. Confesso que nesse momento deu vontade de voltar pra cama pra curtir o tempo, mas o que mais queria que isso era rever as crianças da Escola e passar uma manhã linda com todxs. Olhei para fora de casa e me parecia uma chuva tranquila.
Sai de casa 1 hora e 30
minutos antes das 7h da manhã. Peguei o ônibus tranquilamente. Viajando no
ônibus percebi que as ruas estavam muito alagadas, muitos pontos de quase
impossível acesso dos motoristas de carro de passeio.
Com muitas dificuldades
de engarrafamento e 2º ônibus que demorava continuei indo até que percebi que
não conseguiria chegar na Escola, isso já era 9:30h, parado num engarrafamento
que quase não andava próximo ao Ferry.
No ônibus surgiu um boato de que 10 pessoas haviam morrido com as chuvas, fiquei muito assustado
nesse momento.
À noite, já em casa,
assistindo os noticiários, chorei ao ver as tragédias. Pensei: como pode
milhões gastos na orla de Salvador e o subúrbio suportando o peso da
concentração de bens. Não pode, mas é a realidade.
Temos muita fome, fome de
tudo, e somos conduzidos nas filas que levam para lugar nenhum, ou algo próximo
do que isso seja, sobrevivendo, suportando. Até quando?
Repito:
TEMOS FOME, FOME DE TUDO
FOME, FOME
FOME
Espero que um dia essa pirâmide realmente se
inverta até chegarmos à horizontalidade. Romântico? Que bom!
Jonatan, você esqueceu do cabeçalho. Coloquei para você.
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