Escola Padre José de Anchieta
18 de Maio de 2015
Bolsista Renato Santana
Dia frio e chuvoso na cidade de Salvador, mas não medir esforço para sair mais cedo e está presente no horário estabelecido na escola. Começamos com a turma do Acelera, percebemos a agitação dos alunos mediante várias gritarias, desrespeitos e outros atributos da desconcentração, a professora Isabela começou dar continuidade o assunto que havia sido iniciado a semana passada sobre Nelson Mandela, enfatizando os principais aspectos culminantes na trajetória das lutas e manifestações étnico-cultural do líder político. Difícil foi começar a aula, logo entrou-se no tema das cotas e gerou um interesse e participação de todos, a professora Isabela comentou a situação que eles se encontravam dentro do Programa Acelera e no rancking no processo de aprendizado, mostrou um pouco da realidade que eles precisariam encarar para ingressar na universidade pública. A bolsista Marisa falou um pouco sobre o sistema de cotas e suas experiências em viagens internacionais. Percebi que a reflexão gerou um olhar mais cauteloso em relação ao professor e as motivações intrínseca e extrínseca que por ventura fizesse persuadindo o sonho de um futuro melhor no contexto social, econômico, cultural e profissional. Tinha cerca de onze alunos em sala, a chuva e rumores de tiroteios no bairro próximo da escola provavelmente seria a justificativa da falta do restante dos alunos.
Com o clima de insegurança foram poucos alunos à escola e deixando aquele silêncio de que algo estava faltando, na turma do segundo ano dividimos em duas parte assim como já vem sendo feito o coral com a bolsista Marisa e as flautas comigo seis alunos praticamente e a metade do total da turma. Entraram muito animados e ansiosos para tocar o instrumento, recebi abraços e expressões do tipo "estava com saudade de minha flauta", formei um círculo para poder trabalhar melhor e ter uma visualização mais direta com os alunos e com a estratégia deles ouvirem seus colegas, trabalhei a postura com o instrumento, respiração, utilização da poupa dos dedos, embocadura e seus processos de articulação muscular, conheceram mais uma nota SOL identificada pelo numero 3, LÁ - 2, SI - 1. Notas suficientes para começarmos uma música de forma mais simplificada. Verifiquei a importância dos pés firmes no chão para uma estabilidade na projeção do ar e a inclinação da cabeça como gera certas interrupções e instabilidade no processo continuo das respiração. Analisei como a motivação extrínseca ajuda no processo de aprendizagem, passava de forma individual as correções enquanto eles observavam os outros colegas e sempre mostrava a diferença do certo e o errado. No entanto o aluno acredita que o envolvimento na tarefa trará os resultados desejados, como por exemplo, elogios, prêmios ou até mesmo a tão sonhada música.
Esperamos finalizar o intervalo para podermos dar inicio a aula no primeiro ano, com uma turma de mais de vinte alunos só se encontravam seis. Começamos a ensinar o hino da Africa "Nkosi sikelel' iAfrika". Porém sem o texto, só a melodia no Piano vst instalado tablete de Isabela, acompanhamos para ajudar a internalizar utilizando expressão corporal.
Na busca de melhoria na qualidade das aulas o professor de música como qualquer outro, precisa dinamizar, inovar, provocar a curiosidade e além do mais entender todo o processo de decodificação no intuito de aprimora-las e recontextualizar os conteúdos programáticos para a realidade ali estabelecida.
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