quinta-feira, 18 de maio de 2017

Colocando a teoria em prática

Nome: Gleise Aloisio
Data: 09 de maio de 2017
Escola: Centro Juvenil de Ciência e Cultura 
Turmas: 1°, 2° e 3° anos. 
Professor/Supervisor: Alexandre Santana 



Salvador, é uma cidade cheia de nuances. É possível ver a mesma calmaria pela manhã, ou bastante movimentada. E põe agilidade nisso. Na região Lapa/Nazaré, por volta das 07:30hrs, vejo vários estudantes, caminhando para as suas respectivas escolas. Alguns deles, dá para perceber no olhar, que a aula mal- começara e a vontade de querer aprender, já tomou conta do seu corpo. Para outros, a escola pode ser martírio. Mas, por que será? De que forma a educação tem chegado a estes jovens?
Ao chegar no Centro Juvenil, com uma pequena dose de chuva,o mesmo ainda estava vazio. Sobretudo, havia um aluno no corredor. Fiz minhas saudações matutina, esperei os demais chegarem. Ao entrar na sala, percebi que o mesmo, não estava matriculado na oficina, prontamente, o convidei. Começamos com aula de percepção musical, ditado rítmico e teoria. A aula fluía bem, está sendo nítido o crescimento da turma. Fizemos ditado rítmico, fizemos ditado melódico, o professor Alexandre ensinou-nos um método interessante sobre leitura de notas musicais. Por exemplo: na partitura, quando sua nota for RÉ e a mesma estiver na linha, a nota de baixo vai ser DÓ e a de cima vai ser, MI. Parecia que a informação tinha iluminado a vida, dos que estavam assistindo.
Então o professor Alexandre perguntou: - vamos praticar?! Levantamos, formamos um círculo. Começamos a ensaiar as músicas de repertório para a nossa apresentação no final do mês corrente. Cada um, pegou um instrumento de percussão. E este mesmo aluno de que eu havia convidado, ficou meio perdido, apenas observando. Cheguei perto, então comecei a provocá-lo. Apresentei um instrumento para ele, enquanto todos executava o baião. Ele ainda não sabia o que fazer, então eu disse: - sinta a música, deixe o ritmo chegar em você. Sorrateiramente, ele fechou os olhos, eu peguei em sua mão, então mostrei como fazia o ritmo. Engraçado, que ele estava fazendo com o instrumento, complementava o para o aprimoramento do ritmo. Prova de que a música é nossa.
O professor Alexandre, fez este pequeno comentário antes de continuar com o nosso repertório. Continuamos com as canções, e depois o mesmo pediu para que começasse a improvisar. O último foi aluno que o convidei, ele não queria, mas, mesmo sem perceber, junto com o balanço do seu corpo, já havia improvisado.
Geralmente depois do intervalo, a turma fica mais agitada. Mas, para a minha surpresa a turma parecia bem concentrada. Com o destaque de um aluno chamado João, que está aprendendo a  tocar violão, para si e em conjunto. Isso me deixa feliz, pois agora ele está enxergando a música com outro olhar.
Tem uma senhora encantadora chamada Conceição, me chamou atenção o cuidado com o seu instrumento. A mesma tem aprendido em pouco tempo, a arte da prática musical, mas, já está com uma música pronta. É uma turma e tanto, não? Quem diria que eu estaria aproveitando desta experiência fantástica de ensinar? Quem diria que eu estaria com tão pequenos sonhadores, ainda tão jovens, para eu aprender? Isto me chamou atenção para a seguinte frase: “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” (FREIRE 1997, pág 2)
Por fim, saí da escola com a cidade com mais movimento ainda, por volta das 12:00hrs. O ônibus lotado, haviam vários estudantes ali, fiz um pequeno comentário com a colega Elienai, e lembrei que a vida passa rápido. Aprendi com a aula, que preciso por em prática aquilo que aprendo. É preciso acompanhar o movimento da cidade. É preciso acompanhar o mundo, no seu andamento, mas, que esteja ordenado. Estou tentando acompanhar, que bom que estou percebendo isto.

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