Escola: Padre José de Anchieta
Data: 22/07/2015
Por: Síndney Borges Oliveira
Turma
5º Ano - Música Pipoca de Arnaldo Antunes
Pega-pega,
pipoca, pipoca, pipoca ...
Essa
atividade foi desenvolvida na semana passada, sendo finalizada hoje (22/07). Ela
compreende três comandos. Na semana passada desenvolvemos os dois primeiros e
hoje o terceiro. Como é uma atividade que requer atenção, concentração e
disposição para realizá-la, nem todos os alunos participaram.
As
atividades por mais planejadas que sejam requer a colaboração de todos os envolvidos.
O primeiro passo é trazer a importância daquela atividade para a compreensão do
tema proposto. Sempre começo explicando a sua importância. A grande
chave e talvez o grande desafio, no meu ponto de vista, é fazê-los entender a
importância do ensino musical/arte pra vida deles. Digo mais uma vez: atenção,
concentração, disposição e disciplina são palavras chaves para o sucesso no
aprendizado. Tem turmas que fica difícil trabalhar, causando um desgaste
físico/emocional. Um ponto a se refletir.
Turmas 4º A e B – Iniciação a Teoria Musical
O objetivo dessa atividade foi conhecer um pouco da história da música Ocidental conhecendo as figuras musicais, o pentagrama, as claves, as notas da linha e do espaço separadamente. A ideia principal do exercício era fazer os alunos identificar as notas das linhas e do espaço e localizá-las no pentagrama. Após o registro dessas notas na memória, seria feito um ditado oral para que os alunos respondessem a localização exata das notas, mas essa proposta foi adiada para a próxima semana. Os alunos apresentaram dificuldades de identificar o que seria o espaço entre as linhas.
Por mais que alguns teóricos tratem a questão da indisciplina na escola como algo dissociado da educação familiar, acredito que a questão da indisciplina seja de ordem social (o que vejo, o que escuto, com quem me relaciono, meu grupo de amigos,...) que interage com a família. A falta de uma proximidade maior com as questões que fortalecem o vínculo familiar, como a amizade, o amor, o respeito, o diálogo, ... deixam brechas para proliferação da violência. Já não nos deixamos chocar com a violência como antes. Assistimos cenas de morte por armas de fogo, armas brancas, violência sexual com morte, ... sem nos abater tanto. Nos deixando contaminar com tudo isso. Quando essa violência social alcança a escola por meio do comportamento dos alunos em sala e por que não dizer também dos professores e líderes, acaba por traduzir esse reflexo social. Recentemente li uma matéria onde alunos de uma determinada cidade baiana decidiram, em comum acordo via Internet, não assistir aulas em uma escola. Foi preciso uma intervenção judicial para combater esse tipo de comportamento. Lidar com a falta de atrativo pelo ambiente escolar é o desafio da Educação no nosso século. Abandonar a escola numa fase tão decisiva do caráter como é a adolescência, para mim é um sério problema.
Entendendo que a grande discussão hoje seja o tipo de escola ideal para essa geração, um fator primordial não se pode perder de vista: educar para "Humanizar" ou ré-humanizar. Acho que esse sempre foi o princípio básico da educação. É o que nos torna sociáveis, huManos. Humanizar para uma convivência pacífica em sociedade, ré-humanizar para voltar a entender os valores, os direitos, os deveres. ré-Humanizar para não voltarmos à era primitiva. Para que a ideia de evolução não se traduza, no futuro próximo, como autodestruição. Estamos nos autodestruindo?
Hoje, quando vou para sala de aula, minha maior preocupação não é tanto com o conteúdo, mas de como atrair a atenção dos alunos para a discussão de valores, da importância do respeito ao próximo, ao professor, aos colegas e a partir daí valorizar aquele assunto contextualizando a sua importância para o aprendizado musical. É um processo de experimentação. É a minha relação e construção pessoal de como vou lidar com a Licenciatura.
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