Escola:
Almerinda Costa
Data:
08/05/2015
Bolsista:
Jonatan Silva de Oliveira
No
dia 8 de Maio de 2015, sexta-feira, vesti uma camisa branca em saudação à meu
pai Oxalá, consequentemente simbolizando a paz, e saí relativamente cedo de
casa para não me atrasar para a comemoração do dia das mães da Escola Almerinda
Costa. Chegando ao Uruguai acabei passando na casa do professor Marcos e
ajudando-o a subir uma caixa de som até a parte de cima da casa, ele carregava
guiando e eu era o apoio. E nessa disposição, já fazendo exercício de manhã
cedo, que fomos para a escolinha para o grande dia.
Tivemos
a oportunidade de conversar, filosofar, um pouco juntos, discutindo a sociedade
de hoje. Logo @s demais bolsistas (Danilo, Diana, Tayane e Ubiratan) foram
chegando e tivemos a oportunidade de dividir funções do momento da apresentação
com as crianças. Em diversos momentos fomos interrompidos, com muito prazer,
pelo coordenador e pela gestora da escola, abrindo espaço para diálogos mais
amplos, inclusive de curiosidades do coordenador sobre a música, em muitos
momentos demostrando muito conhecimento musical. Em um momento o professor
Marcos abriu a conversa para sugestões de nós bolsistas para o momento da
apresentação, foi quando Danilo sugeriu que além do repertório programado que a
gente mostrasse pras mães um pouco do que as turmas fazem em aula. Pouco antes
de descermos para as apresentações eu desci para chamar o coordenador para
tirarmos uma dúvida quanto ao cronograma, foi quando na escada vinha subindo
correndo um menininho com a camisa do Bahia, bem agitado,... ao me ver ele
apertou os olhos como quem não compreendia o que via, não resistindo perguntou
“você é médico?”, eu, já sabendo o porquê da pergunta dele, rebati “por que
você acha que sou médico?”, ele “porque você está todo de branco.”, eu dei
risada e perguntei para faze-lo refletir “E só porque eu estou de branco eu sou médico?”, ele
espertamente responde “é!”, então abro o jogo “sou professor de música, estou
todo de branco e não sou médico... todo mundo que veste branco é médico?” ele,
pensativo, respondeu “é mesmo... não é” e saiu correndo.
Na
apresentação estava tudo tranquilo entre a gente e a casa estava cheia de mães,
umas gravidas, outras com bebê no braço, e todas atentas a primeira
apresentação que era uma poesia sendo lida por uma garotinha com o auxílio da
professora de Português. Logo chegou a nossa hora e a primeira turma entrou, a
turma do G5 e 1º ano. No momento de cantar as crianças ficaram travadas, as
professoras que acompanham estavam dando tudo delas para animar, mas não teve
nada que fizesse as crianças cantarem. Na segunda turma, o 4º ano, cantamos Lady Laura. O 5º ano veio depois para
cantarmos Amor, I Love You. Por fim, Danilo puxou a dinâmica das notas onde
tivemos a possibilidade de mostrar um pouco do que é feito em sala de aula para
as mães. Nas apresentações nós revezamos funções, mas as funções bases foram:
Danilo no registro fotográfico e audiovisual, Diana na observação de fora e registro,
Jonatan na percussão, Marcos na voz e violão, Tayane na voz e violão e Ubiratan
no violão, percussão e assistência geral. Durante as apresentações observei
bastante sorriso entre as mães, olhares atentos, muitas cantavam as músicas.
Quanto as crianças, elas estavam bem tímidas, algumas assustadas com tudo
aquilo.
Ao
final das apresentações nós bolsistas e o professor Marcos ficamos em uma sala
para discutir a apresentação e planos em geral. Chegamos a algumas questões: as
crianças precisam ser preparadas também para o momento de apresentação, tanto
posição de cada uma, quanto a timidez. Tivemos ainda a presença da gestora e do
coordenador da escola, momento em que as discussões voltaram-se para questões
de preconceito na sociedade, principalmente com o povo negro, o que abriu
vários olhares para a legislação, o cumprimento dela, pudemos também abrir
espaço para a cultura nordestina que pode ser explorada mais em sala com o São
João que vem chegando com a demanda de preparar as turmas para essa data. A
diretora e o coordenador sugeriram vários autores para que a gente estudasse e
observasse a possibilidade de trabalhar em sala de aula. A diretora alertou a
importância da interdisciplinaridade. Comemos salada de frutas com leite em pó.
Fizemos alguns planejamentos futuros e recebemos orientações do professor
Marcos. Acabamos observando que temos muitas ideias e que podemos contribuir
bastante na formação das aulas, o que foi encerrado pelo professor Marcos
falando da importância de nos reunirmos mais para amadurecer ideias e colocar
em prática.
No
final fizemos a dinâmica do Êpo Etá-etá, refletindo sobre os índios, fazendo
uma ligação com a comunicação atual urbana e com a LIBRAS através das músicas
desenvolvidas em sala pelo professor Marcos.
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