terça-feira, 12 de maio de 2015

Dia das Mães na Almerinda Costa: O Grande Encontro.

Escola: Almerinda Costa
Data: 08/05/2015
Bolsista: Jonatan Silva de Oliveira

No dia 8 de Maio de 2015, sexta-feira, vesti uma camisa branca em saudação à meu pai Oxalá, consequentemente simbolizando a paz, e saí relativamente cedo de casa para não me atrasar para a comemoração do dia das mães da Escola Almerinda Costa. Chegando ao Uruguai acabei passando na casa do professor Marcos e ajudando-o a subir uma caixa de som até a parte de cima da casa, ele carregava guiando e eu era o apoio. E nessa disposição, já fazendo exercício de manhã cedo, que fomos para a escolinha para o grande dia.
Tivemos a oportunidade de conversar, filosofar, um pouco juntos, discutindo a sociedade de hoje. Logo @s demais bolsistas (Danilo, Diana, Tayane e Ubiratan) foram chegando e tivemos a oportunidade de dividir funções do momento da apresentação com as crianças. Em diversos momentos fomos interrompidos, com muito prazer, pelo coordenador e pela gestora da escola, abrindo espaço para diálogos mais amplos, inclusive de curiosidades do coordenador sobre a música, em muitos momentos demostrando muito conhecimento musical. Em um momento o professor Marcos abriu a conversa para sugestões de nós bolsistas para o momento da apresentação, foi quando Danilo sugeriu que além do repertório programado que a gente mostrasse pras mães um pouco do que as turmas fazem em aula. Pouco antes de descermos para as apresentações eu desci para chamar o coordenador para tirarmos uma dúvida quanto ao cronograma, foi quando na escada vinha subindo correndo um menininho com a camisa do Bahia, bem agitado,... ao me ver ele apertou os olhos como quem não compreendia o que via, não resistindo perguntou “você é médico?”, eu, já sabendo o porquê da pergunta dele, rebati “por que você acha que sou médico?”, ele “porque você está todo de branco.”, eu dei risada e perguntei para faze-lo refletir “E só porque eu  estou de branco eu sou médico?”, ele espertamente responde “é!”, então abro o jogo “sou professor de música, estou todo de branco e não sou médico... todo mundo que veste branco é médico?” ele, pensativo, respondeu “é mesmo... não é” e saiu correndo.
Na apresentação estava tudo tranquilo entre a gente e a casa estava cheia de mães, umas gravidas, outras com bebê no braço, e todas atentas a primeira apresentação que era uma poesia sendo lida por uma garotinha com o auxílio da professora de Português. Logo chegou a nossa hora e a primeira turma entrou, a turma do G5 e 1º ano. No momento de cantar as crianças ficaram travadas, as professoras que acompanham estavam dando tudo delas para animar, mas não teve nada que fizesse as crianças cantarem. Na segunda turma, o 4º ano,  cantamos Lady Laura. O 5º ano veio depois para cantarmos Amor, I Love You. Por fim, Danilo puxou a dinâmica das notas onde tivemos a possibilidade de mostrar um pouco do que é feito em sala de aula para as mães. Nas apresentações nós revezamos funções, mas as funções bases foram: Danilo no registro fotográfico e audiovisual, Diana na observação de fora e registro, Jonatan na percussão, Marcos na voz e violão, Tayane na voz e violão e Ubiratan no violão, percussão e assistência geral. Durante as apresentações observei bastante sorriso entre as mães, olhares atentos, muitas cantavam as músicas. Quanto as crianças, elas estavam bem tímidas, algumas assustadas com tudo aquilo.
Ao final das apresentações nós bolsistas e o professor Marcos ficamos em uma sala para discutir a apresentação e planos em geral. Chegamos a algumas questões: as crianças precisam ser preparadas também para o momento de apresentação, tanto posição de cada uma, quanto a timidez. Tivemos ainda a presença da gestora e do coordenador da escola, momento em que as discussões voltaram-se para questões de preconceito na sociedade, principalmente com o povo negro, o que abriu vários olhares para a legislação, o cumprimento dela, pudemos também abrir espaço para a cultura nordestina que pode ser explorada mais em sala com o São João que vem chegando com a demanda de preparar as turmas para essa data. A diretora e o coordenador sugeriram vários autores para que a gente estudasse e observasse a possibilidade de trabalhar em sala de aula. A diretora alertou a importância da interdisciplinaridade. Comemos salada de frutas com leite em pó. Fizemos alguns planejamentos futuros e recebemos orientações do professor Marcos. Acabamos observando que temos muitas ideias e que podemos contribuir bastante na formação das aulas, o que foi encerrado pelo professor Marcos falando da importância de nos reunirmos mais para amadurecer ideias e colocar em prática.
No final fizemos a dinâmica do Êpo Etá-etá, refletindo sobre os índios, fazendo uma ligação com a comunicação atual urbana e com a LIBRAS através das músicas desenvolvidas em sala pelo professor Marcos.


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