Escola Municipal do Uruguai.
Danilo Marins.
16/07/2015
Neste começo de semestre tivemos alguns acontecimentos que
impediram o começo das aulas de música como, as assembleias e alguns eventos
que ocorreram nos dias das nossas aulas; portanto somente iniciamos as aulas
nesta quinta feira.
Como combinado com o nosso grupo para esse semestre,
Iniciamos o trabalho de percepção musical onde iremos trabalhar a sensibilidade
de escuta das turmas através de atividades onde os alunos terão contato com
sons e músicas que despertem a consciência auditiva, baseando-se no trabalho do
educador R. Murray Schafer, onde os educandos poderão trazer para a consciência por exemplo
uma gama de sonoridades do cotidiano que
muitas vezes passam despercebidos mas que tem influência importantíssima no processos
de aprendizagem.
Começamos a aula com duas dinâmicas, a primeira relacionada
ao nosso trabalho de inclusão social, onde o professor marcos faz uma roda com
a turma de mãos dadas, trazendo questões para que as crianças reflitam sobre o
respeito que devemos ter pelos outros. A segunda uma brincadeira com a bola
onde é cantada uma canção e a bola é passada de mão em mão na roda, e quando a
canção é interrompida, quem estiver com a bola na mão fala o seu nome e a
música que mais gosta de ouvir. Esse momento é muito interessante porque à
medida que os alunos falam suas músicas favoritas, os colegas comentam, fazem
críticas, discutem , tornando um momento oportuno para o professor conhecer a
personalidade musical dos seus alunos.
Em seguida fizemos uma atividade de apreciação musical que
sugeri ao professor Marcos dentro da proposta de conscientização da escuta, com
a Música “O palhaço e a Bailarina” da Cecília Cavalieri, que conheci com a
professora Mara Menezes, nas aulas de Fundamentos da Educação Musical, onde primeiro,
antes de tocar o CD com a música, lemos as perguntas que seriam feitas após a
audição, para que eles escutassem a música de maneira mais crítica. Então após
tocar a música, fizemos as perguntas como: “Quem são os personagens da música?”
“A primeira parte da música é alegre ou triste?” “A voz que começa cantando é
de adulto ou criança?”. Porém como estamos no início do trabalho à medida que
eram feitas as perguntas íamos tocando o CD para conferir e comparando os
trechos da música para que eles pudessem refletir e comparar as perguntas com o
que estava sendo tocado.


Surpreendeu o caso da aluna Stefany, do 3º ano. Ela é uma
menina que não tem aproximação com os outros alunos, sempre recusa fazer as atividades,
e alguns colegas fazem provocações com esse comportamento da aluna que responde
na maioria das vezes de maneira agressiva. Aproveitando que a turma estava
bastante agitada e ela estava sentada quieta, chamei a atenção deles e apontei
a Aluna (Stefany), como exemplo de bom comportamento em relação à agitação da
turma. Notei que a mesma ganhou um pouco de animo com o incentivo. Ao iniciar a
atividade a aluna recusou a folha de papel e o lápis, então pedi que ela
ficasse com o material na mão para se caso tivesse vontade desenhar; se não,
poderia devolver ao final da atividade sem problemas. E pra nossa surpresa, além
de desenhar praticamente todos os instrumentos presentes no playback, a aluna
fez cada um de maneira bem precisa.
Percebo na prática como é importante que o professor tente
criar situações para que alunos que tenham dificuldades possam se expressar. E que
nessas dificuldades podem se esconder muitos talentos!


Excelente relato, Danilo. Gostei das fotos da atividade. É muito bom saber que vocês estão aplicando com sucesso as atividades desenvolvidas nas nossas aulas. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário professora, um abraço!
Excluir