domingo, 2 de agosto de 2015

Braille, experiência inesquecível!

Escola Municipal Almerinda Costa
13/07/2015
Jonatan Silva de Oliveira


Peço desculpas por estar postando o meu relato tão atrasadamente, mas com certeza o relato não perdeu a sua riqueza com o tempo porque está baseada nas minha anotações em sala de aula, as anotações colocam pontos principais que me sulearam na construção desse texto.
Aula na Almerinda Costa:
Primeira aula após a reapresentação de grande importância na Almerinda Costa. Percebo que estou mais familiarizado com as crianças, lembro o nome de grande parte delas e dialogo muito mais diretamente, com maior respeito e atenção.
As aulas foram quase toda em cima de compreensão, leitura e criação de textos em braille. Essa foi a primeira vez que entrei em contato de compreensão dessas palavras em alto relevo, sempre via em caixas de remédio, cereais, etc, sabia para quê servia, mas não imaginava que ia aprender e ensinar. O professor Marcos conseguiu explicar muito bem como funciona, as crianças ficaram muito interessadas, a não ser algumas que falavam que aula de música era pra cantar e não ficar lendo, mas aí era contornado por mim e pelo professor falando que a aula de música não é só para cantar, é também compreender e dialogar com outras linguagens que sempre estão conectadas com a música.
O legal dessa aula foi ver a conexão que a leitura em braille teve com as aulas de Língua Portuguesa, muitas crianças não conseguiam lembrar do alfabeto todo, e a gente foi auxiliando bastante nisso e as crianças foram lendo o nome delas em braille, além de pequenas frases. Os contatos de atenção foram muito importantes, a gente pode lidar com a dificuldade de cada um/a e incentivar o bom desempenho de cada um/a de acordo com as limitações relativas de cada.
Na última turma foi mais diferente aula. Continuamos fazendo o que fizemos na semana anterior, a história musicada, mas dessa vez o professor Marcos decidiu que primeiramente as crianças ouviriam a história com a sonoplastia feita por mim e que depois as mesmas pegariam os instrumentos e fariam os sons da história. Por exemplo: Na história surgia uma cobra, aí as crianças que estavam com o chocalho tinham que chacoalhar, surgia um cavalo, aí as crianças com as matracas faziam o som, surgia um rio, aí as crianças com o pau-de-chuva faziam o som. A proposta é que a gente crie uma forma de apresentação para que todas façam a sonoplastia da história, de preferência indígena.

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