Escola Municipal Almerinda Costa
Jonatan S. de Oliveira
17 de Agosto de 2015
No dia 17 de Agosto de 2015 fui para mais uma segunda-feira
com o professor Marcus para a Escola Municipal Almerinda Costa. Cheguei um
pouco atrasado na aula por dificuldades em conseguir acordar. Em sala, o
professor Marcus já estava desenvolvendo o trabalho com instrumentos musicais
com as crianças do Grupo 5 (G5) e o 1º ano.
A primeira turma estava bastante agitada, mas não tão
incontrolável quanto em aulas anteriores, acho que porque faltaram alguns
alunos. Eu sinto nessa turma falta das professoras que acompanhavam no início
do semestre, porque era mais fácil de obter-se atenção, ou seja, eu e o Marcus
nos desgastávamos menos tentando manter um certo controle e mais trocando
conteúdo de música, mas a falta das professoras por um lado dá mais autonomia
no nosso desenvolvimento de modo que algumas expressões naturais das crianças,
que considero indispensável, não são podadas por um ordem “suprema”. Nessa
turma decidimos desenvolver os toques de instrumentos percussivos da capoeira,
o que foi muito cansativo para a turma, e como muitos disseram, foi “chato”,
isso dito claramente nos momentos em que, percebendo o desanimo, parávamos a
aula para perguntar o que havia. Isso provavelmente se deve pela turma ainda
ser muito nova em idade e buscar mais a diversão movimentando o corpo,
encontrando possibilidades diversas, fora a de toques padrões, contação de
histórias. Bem, acredito que nessa turma tenhamos que criar ou adaptar
histórias afro-brasileiras ou africanas e indígenas que permitam sonoplastia
feita pelas próprias crianças com os instrumentos disponíveis em sala, o que
leva uma agitação bacana, mas ao mesmo tempo uma atenção em realizar o seu
movimento no momento certo. Ainda podemos continuar trabalhando com a LIBRAS
cantando com seus gestos o que o vocal canta.
Na segunda turma, 3º ano, dedicamos a aula para tocar
capoeira nos instrumentos de percussão e cantar as músicas. Nessa aula faltou
um garoto que sempre falo nos relatórios, provavelmente isso explica em parte a
maior realização das atividades com o grupo, mas também ocorreu de outro garoto
que falo, bastante agitado, ter ficado meio murcho, calado, triste em sala, sem
animo, o que em parte melhorou a dinâmica da turma, mas nos fez perguntar o
porque de ele estar com aquele comportamento e ele falar que estava com a
barriga doendo, levando-o na diretoria uma professora falou que ele não estava
com dor de barriga e sim com algum outro problemas que o deixou perturbado
durante toda manhã, nesse momento o coordenador chamou ele na biblioteca para
conversarem mais pessoalmente o que vinha acontecendo na vida dele. Retornando
pra sala, o professor Marcus fazia um aquecimento vocal e corporal enquanto eu
mostrava como se arma um berimbau. Durante toda aula houveram agitações, mas em
geral a aula fluiu bem, tem uma garota bem participativa que, como sempre, deu
um “show” nos instrumentos, servindo de exemplo para as/os colegas. Em um
momento da aula, enquanto eu passava o “1, 2, 3” do ritmo da capoeira, me
surgiu do nada uma musiquinha rimada, que no início não deu certo, mas,
enquanto íamos contando e tocando, eu comecei a encontrar uma rima para
berimbau, e, com a reclamação dos tocadores de pandeiro, uma riminha para
pandeiro também, dando uma maior dinâmica para os toques, ficando assim:
(1, 2 , 3) Tá bonito, (1, 2 , 3) Tá legal
(1, 2 , 3) Quero ouvir, (1, 2 , 3) Berimbau
(1, 2 , 3) Tá bonito, (1, 2 , 3) Tá maneiro
(1, 2 , 3) Quero ouvir, (1, 2 , 3) O pandeiro
Saí muito animado das aulas da manhã. Com Essa turma
acredito que dê pra continuar fazendo a capoeira tranquilamente. Em conversa
final o professor Marcus ainda sugeriu da gente utilizar a LIBRAS para cantar a
letra dessa música e por agora ainda pensei da gente dedicar um momento de
apresentação para somente uma ou duas pessoas fazerem o berimbau e o pandeiro,
enquanto as outras fazem o coro com os gestos e o canto pós “1, 2, 3”, e nessa
contagem fariam batendo os pés no chão. Isso ficaria sendo uma parte de uma
apresentação de capoeira. Quem sabe o 4º ano não possa fazer essa apresentação
em conjunto com o 3º ano, talvez fazendo o coro, já que gostam mais de cantar e
a dificuldade em tocar é grande pela turma ser grande realmente?
Axé!
Verdade, Jonatan, o grupo 5 e o 1º ano estão uma fase mais motora, gostam mais de música com movimento, histórias, apreciação de vídeos. A parte instrumental e rítmica também são muito importantes, mas devem ser mais curtas, pois eles cansam rápido. O tempo de concentração é menor, então as atividades precisam ser mais curtas e variadas. Abraço.
ResponderExcluirObrigado, pró!
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