A avó do menino

Escola Padre José Anchieta
Data: 08/04/2015
Por Caíque Veloso de Oliveira

A avó do menino

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez, tindolelê
Outra vez, tindolalá. 

Olá amigos, adivinha quem foi o professor da aula de música hoje? A professora Isabela não pode ir, então, pedi a ela para assumir a turma do 1º ano e a aula foi muito legal. Comecei com uma música de apresentação, pois ainda não sei o nome de todos os alunos. Apresentamo-nos e em seguida ficamos de pé para fazer uma atividade de integração. Cantamos uma canção chamada "Meu limão, meu limoeiro"  andando para esquerda, direita, cantando forte e fraco, com palmas, na velocidade de uma tartaruga e depois bem rápido. 

Quem conhece as notas musicais? Dois alunos levantaram as mãos e mostraram que sabiam mesmo. Eu disse a eles que as notas musicais estavam escondidas pelo nosso corpo, dos pés à cabeça, da cabeça aos pés. Brincamos com as mãos em todas as partes do corpo nas quais as notas musicais estavam e cantamos uma canção que facilitou ainda mais a atividade e, assim, ampliamos o nosso repertório musical. Levei a Escaleta para mostrar que além de cantar as notas musicais, nós também podemos tocá-las num instrumento musical. Eu falei um pouquinho da Escaleta e avisei que, como era um instrumento de sopro, só eu poderia soprar, mas isso não os impossibilitou de explorar ao máximo as teclas brancas e pretas do instrumento e foi um de cada vez. Todos os alunos adoraram a Escaleta e acharam o timbre muito parecido com o da sanfona.

Quem gosta de ir à casa da vovó? Eu, eu, eu, eu...

Eu li um poema de Cecília Meireles que se chama “A avó do menino” e todos escutaram atentamente. 

Ah, quem não gosta de ir à casa da vovó? Toda vez que eu vou à casa da minha vó, eu uso o meu chapéu de três pontas. E vou cantando assim:

O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meu chapéu
Se não tivesse três pontas
Não seria o meu chapéu.  

Cantamos essa pequena canção com uma simples coreografia e esse momento foi desafiador para eles, pois para ficar mais difícil, eu perguntei assim: será que conseguimos cantar tirando a palavra chapéu? E eles responderam: eu consigo, eu também, e... Vai ficar difícil hein?         

Então, vamos lá! E eles prestaram muita atenção e não cantaram, é claro que, alguns no começo falaram a palavra, mas depois foram se concentrando e em seguida tiramos a palavra “pontas”. Foi muito divertido, porque quando um falava a palavra omitida, o outro automaticamente dava risadas e todo mundo caia na gargalhada. 

Chegou a hora de passar o copo, quem conhece essa brincadeira? Nesse momento, percebi a dificuldade dos educandos de passar o copo na pulsação estabelecida, eles passavam muito rápido um para o outro, mas funcionou a atividade, pois marcamos a pulsação de uma canção de minha autoria cuja letra é assim:

Passa o copo
Passa agora
Passa ele sem parar
Passa o copo sem demora
Quero ver você brincar  

Nós passamos o copo, cantamos a canção, brincamos de imitar e chegamos ao final da nossa aula, alguns alunos cantaram uma música para mim, percebi que uns estavam meio tímidos, mas mesmo assim cantaram muito bonito e terminamos a aula com uma canção de despedida.

Agradeço a professora Isabela pela confiança, motivação e confesso que não encarei as outras turmas porque sinceramente é muito difícil lidar com elas, acho que preciso conquistá-las para que eu possa me sentir mais seguro. Como a turma do primeiro ano tem uma faixa etária próxima dos meus alunos da musicalização do Espaço Musical, confesso que me senti quase em casa, pois o contexto é bem diferente, pois lá eu trabalho em condomínios e aqui se trata de uma escola, mas deu tudo certo e espero ter contribuído de forma significativa para a formação dessas crianças maravilhosas, pois elas estão contribuindo eficazmente para a minha.