Escola Padre José Anchieta
Dara: 06/08/2015
Por Caíque Veloso
Rumo
à perfeição
Olá pessoal, ontem a nossa aula de música já começou com a
turma do 1º ano cantando as notas musicais e relembrando uma canção que ensinei
cuja letra é assim:
Conheço uma menina que gostava de subir
E quando ela descia tinha medo de cair
Assim que terminamos de cantar essa canção, os alunos
voltaram para suas carteiras e pegaram o lápis e a borracha, pois eu tinha um
assunto novo para ensinar e todos sentados prestando muita atenção e ansiosos para
saber o que eu ia falar. Então, comecei a falar sobre o conjunto de cinco
linhas e quatro espaços chamado pentagrama e também sobre um sinal que colocamos
logo no inicio da pauta, a clave. Quando eu estou ensinando algo a uma pessoa
ou turma, eu sempre gosto de perguntar para saber se está todo mundo entendendo
e também porque me possibilita um envolvimento com a turma, assim, creio eu que
a aula fica mais dinâmica, interativa e até brinco solicitando que só uma parte
da turma fale enquanto a outra escuta e vice-versa.
A atividade de hoje foi tão simples e ao mesmo tempo difícil
de fazer. Depois de ter explicado o que era esse bendito pentagrama e a tal da clave,
e eu comecei pela clave de sol, pois as crianças já conhecem devido às diversas
mensagens com fins musicais, elas visualizam a clave em portas de lojas de
instrumento ou até mesmo tatuada no corpo de alguém que é muito comum.
O desafio que eu lancei para a turma foi o seguinte: todo
mundo teria de desenhar a clave, mas para isso eu, primeiramente, entreguei uma
folha já com o exercício copiado na mesma e somente para ser respondido e
entregue ao final da aula com o nome de cada aluno, pois ainda retomaremos a
atividade com o intuito de responder a letra C que ficou faltando.
Primeiro passo cumprido com a turma, pois mesmo com a
maioria dos alunos dizendo que não sabia fazer a clave, alguns desenharam muito
bem e outros por preguiça não capricharam muito, mas acertaram fazer, pois de
uma forma ou de outra, eu tive que cobrar dos alunos uma “perfeição” em relação
ao desenho das claves e fiz isso com todas as turmas, isto é, precisa estar
legível para que todos entendam que é uma clave, então, vamos exercitar na
nossa cartilha musical com o objetivo de aprender os seus códigos e nos
comunicar musicalmente.
Com a turma do 4º ano eu apliquei a mesma a atividade, aliás,
a diferença foi que ao invés de os alunos receberem a mesma folha da turma
anterior, eles receberam uma folha de pauta musical e solicitei que a própria turma
dividisse o pentagrama em dez compassos e desenhasse uma clave em cada um
deles. Fiquei no pé dos alunos exigindo a perfeição no desenho das claves, pois
é errando que se aprende e, além do mais, ninguém nasceu sabendo para vir com
esse papo de “eu não sei, portanto, não vou fazer”. Inventa outra desculpa que
essa já está obsoleta!
O comportamento de alguns alunos dessa turma é péssimo, mas
hoje consegui manter, principalmente, os mais metidos a rebeldes ocupados
fazendo a atividade e de olho no quadro prestando atenção.
Ontem eu até me surpreendi com o
comportamento de um aluno, pois ele adora atrapalhar a aula respondendo,
fazendo pirraça, cantarolando, assobiando, xingando e outras coisitas mais,
porém, ele até começou a procurar gracinhas, mas depois decidiu se comportar. Sinceramente,
acho que meu discurso anteriormente sobre as escolas em que ainda não há ensino
de música e sobre as pessoas que não tiveram a oportunidade que hoje eles têm.
O comportamento do garoto mudou, de repente, ele ficou tão evolvido com a aula
que depois que terminou a sua atividade, eu pedi ele que ajudasse os que não tinham
terminado ainda e ele, todo convicto me respondeu dizendo: está certo
professor! E assim ele foi ajudou uns dois alunos a terminar, mas percebi que os
dois se aproveitaram da boa vontade dele e queria que ele fizesse a atividade deles,
então, eu falei a ele, é para você ajudá-los e não fazer o exercício deles.
Espero que realmente ele tenha refletido com as minhas
palavras e também com as da professora e sempre pense duas vezes antes de desrespeitar
os colegas, a professora e os bolsistas. Uma atividade como esta que apliquei
aparenta ser tão simples, mas na hora muitos alunos têm dificuldades de
desenhar a clave, pois as maiores dificuldades que percebi tanto no momento da
aula quanto depois em casa olhando os exercícios, foi que os erros eram sempre
na linha do pentagrama, ao invés de colocar a clave de sol na segunda linha
eles colocavam na terceira, mas não todos exceto alguns que estavam conversando
na hora em que eu explicava o assunto.
Ao final da aula
nessa turma, o Sidney trouxe uma canção chamada “Noite” (Tiê) e resolveu cantar
com os alunos e esse momento foi bem legal e ai eu fui tocar o violão enquanto
o ele cantava com a turma e todos os alunos gostaram bastante, até porque a
canção faz parte do gosto musical da maioria, então, nada melhor do que trazer
algo que faz parte do cotidiano deles. No último 4º ano, aplicamos a mesma
atividade, porém, apesar de a turma ser mais tranquila, os alunos são danados,
mas também são muito participativos e abraçam sempre as nossas propostas. Adoraram
a canção que o Sidney trouxe para cantar com eles e ouvi-los cantando foi muito
bom. Agradeço a professora e ao Sidney pelo apoio e podem contar comigo sempre.
Abraços e até o próximo encontro.
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